segunda-feira, 14 de junho de 2010

Ganho de peso? as causas que podem fazer os ponteiros da balança subir




Além do desequilíbrio entre o consumo e o gasto de calorias, outros fatores podem fazer você apresentar uma silhueta mais rechonchuda. Saiba quais são e como lidar com eles.





Se perguntarmos para qualquer pessoa o que nos faz engordar, a resposta está na ponta da língua: consumir mais calorias do que se gasta. Ou seja, todo mundo sabe que não se alimentar de forma equilibrada e levar uma vida sedentária é uma combinação bombástica, que certamente leva ao acúmulo de gorduras pelo corpo. Também é de conhecimento de todos que vivemos num ambiente propenso à obesidade: há uma enorme oferta de comida calórica e barata atrelada a um estilo de vida cada vez menos ativo.
Tal explicação, aliás, virou senso comum. Pesquisadores, no entanto, não estão satisfeitos apenas com ela. Muitos acreditam que outros fatores podem também pesar na balança, contribuindo para o aumento de peso. Mas alto lá! Não pense que uma dieta saudável e uma vida ativa podem ser descartadas na presença destas causas. Muito pelo contrário. A maioria delas é resultado de desequilíbrios no organismo e dependem de hábitos saudáveis para serem controladas. Também não costumam ser responsáveis diretas pelo ganho de peso, mas por situações como retenção de líquidos, inchaços, aumento do apetite e alterações no acúmulo de gordura. Ou seja, é preciso estar sempre atenta à presença destes sinais. Veja, portanto, alguns fatores que podem aumentar as medidas:



Pouco sono
Bastam algumas noites maldormidas para percebermos que o raciocínio fica mais lento e que a nossa capacidade de concentração torna-se cada vez menor. E quanto mais tempo ficamos sem dormir, observamos outro inconveniente: os quilinhos extras na balança. Isto acontece por uma deficiência na produção da leptina, um hormônio produzido durante o sono e que regula o apetite.
Ou seja, quando se dorme menos do que o necessário, o hormônio é produzido em menor quantidade, fazendo que a pessoa coma mais. É que é a leptina quem avisa o hipotálamo (localizado no sistema nervoso central) que o organismo está satisfeito.
Este, por sua vez, manda uma mensagem para o corpo solicitando que ele pare de comer e passe a queimar calorias. Se há deficiência nesta comunicação, a tendência é comer excessivamente. Segundo um estudo realizado na Universidade Case Western Reserve, em Ohio (EUA) por um período de 16 anos, mulheres que dormem em média cinco horas ou menos por noite têm 35% mais riscos de sofrer um aumento importante de peso em relação às que dormem sete horas.
"Pessoas que não dormem bem, sobretudo, tendem a criar gordura, e não massa muscular", completa o neurologista Ademir da Silva (SP). Ele lembra que há ainda o risco de agravamento em casos de hipertensão e diabetes. Isso porque a falta de sono estimula a liberação de uma substância chamada noradrenalina que eleva a pressão arterial.
A única maneira de recuperar o sono perdido é aumentando em uma ou duas horas o tempo dormido de noites subsequentes. "Acredita-se que se demore cerca de dez dias para compensar a baixa quantidade de sono", comenta o neurologista.





"Além da má alimentação e vida sedentária outros fatores podem causar retenção de líquidos, inchaços, aumento de apetite e acúmulo de gordura"
Problemas de saúde
Alguns problemas fisiológicos podem levar a uma tendência de ganho de peso e ser uma pedra no sapato de quem está tentando emagrecer. Uma das doenças mais relacionadas ao aumento das medidas do corpo é o hipotireoidismo, resultado da desaceleração da tireoide.
Essa pequena glândula, situada na região anterior do pescoço, produz dois hormônios muito conhecidos - os famosos T3 e T4 (abreviaturas de triiodotironina e tiroxina). Essa dupla age em todo o organismo e é importantíssima para o seu bom funcionamento. A falta ou deficiência desses hormônios (hipotireoidismo) leva a sintomas como cansaço, memória fraca, pele seca, cabelos e unhas quebradiços, intestino preguiçoso, depressão e intolerância ao frio, dentre outros. É como se a pessoa funcionasse em "marcha lenta".
Ou seja, há uma diminuição no metabolismo geral. As doenças hepáticas também costumam interferir na boa forma. Quando o fígado está debilitado, a região do abdome tende a inflar. Nessa situação, o organismo para de fabricar um tipo de proteína essencial para a retenção dos fluidos corporais contidos nos vasos sanguíneos. Se tal retenção não ocorre normalmente, a massa líquida 'escapa' para fora dos vasos, resultando em inchaço. Aumento da silhueta pode estar ainda relacionado a doenças renais e cardíacas.
Como a Síndrome de Cushing, menos conhecida e caracterizada por um conjunto de sinais e sintomas do excesso de cortisona (um dos hormônios produzidos pela glândula suprarrenal). Neste caso, a gordura costuma se depositar no tronco e no pescoço. "Também há um arredondamento do rosto, onde a pele fica avermelhada, e um enfraquecimento da musculatura de braços e pernas", explica Letícia. Enfim, para saber se algum problema de saúde está colaborando com o aumento ou dificultando a perda de peso, a consulta e avaliação médica são indispensáveis. Antes de pensar em qualquer dieta, é fundamental ter a certeza de que está com a saúde em dia.

Menopausa
Durante essa fase, a mulher tende naturalmente a aumentar o peso por um desequilíbrio hormonal. "O período é marcado pela diminuição do hormônio estrógeno (produzido pelos ovários) o que desencadeia retenção hídrica.
O metabolismo também fica mais lento", explica Rosa Maria Neme. Uma mudança na distribuição da gordura pelo corpo também ocorre nesse ciclo. A queda hormonal faz a mulher acumular mais este tipo de tecido no abdome, porque há uma redução na quebra de gordura da região.
A partir dos 40 anos e a cada década, sobretudo, o aumento da massa gorda no sexo feminino costuma ser de 5% a 10% e a diminuição da massa magra de 2,5%. Acontecem, ainda, substituições do tecido mamário por tecido gorduroso, resultando na flacidez das mamas. O fígado é outro órgão que merece uma atenção especial na menopausa.
Como fornecedor de energia vital para todos os sistemas do corpo - ajuda a regular a digestão, assiste à liberação de toxinas e resíduos, melhora o metabolismo, equilibra os hormônios e nutre o cabelo, a pele, as unhas, os olhos e as células - ele costuma sofrer carência de substâncias e líquidos que garantem o seu bom funcionamento.
A melhor estratégia para mantê-lo saudável? O ideal é ficar longe de alimentos ricos em gordura saturada e em açúcar e bebidas alcoólicas. No geral, a prática de atividades físicas aeróbicas é recomendada, assim como aquelas que estimulam o aumento da musculatura, pois o organismo queima mais caloria para manter o músculo do que a gordura.









Estresse
Até pouco tempo se acreditava que o estresse era usado por muitos como desculpa para o aumento de peso. A novidade, no entanto, é que pesquisas recentes comprovaram que ele realmente pode engordar. E o mecanismo é simples: basta estar diante de uma forte tensão - provocada por acúmulo de trabalho, trânsito caótico, discussão em casa - para uma vontade incontrolável de comer se fazer presente, especialmente carboidratos e gorduras não saudáveis, pois oferecem energia com maior rapidez. Em altos níveis, sobretudo, o estresse provoca uma pane interna no sistema orgânico. As glândulas suprarrenais, por exemplo, aquelas situadas sobre os rins, liberam os hormônios adrenalina e cortisol, que em excesso geram mau humor, ansiedade e irritabilidade.
O estresse também faz que o fígado libere mais glicose no sangue. Consequentemente, há um aumento de insulina (hormônio sintetizado no pâncreas) para que o excesso de glicose possa ser absorvido pela células. Em grande quantidade, a insulina, por sua vez, estimula o organismo a estocar gordura, além de favorecer os inchaços. Para evitar todo este desequilíbrio, o melhor é adotar hábitos saudáveis e investir em atividades relaxantes. A atividade física também é um santo remédio, pois ajuda a liberar endorfinas, substâncias que nos dão a sensação de bem-estar. Quanto aos alimentos, tenha sempre à mão produtos de baixas calorias e pouca gordura e uma garrafinha de água. Assim, você não tem desculpa para recorrer a alimentos pouco saudáveis na hora da tensão.
Uso de medicamentos

O uso prolongado de alguns remédios também pode ajudar a aumentar a silhueta. Na lista dos possíveis culpados estão as drogas para tratamento de doenças psiquiátricas, epilepsia, hipertensão, hIV, inflamações, alergia e diabetes. Em comum, esses medicamentos desencadeiam aumento de apetite, retenção de líquidos e alterações no armazenamento de gordura e nos níveis de insulina, explica a endocrinologista Letícia Murro, de São Paulo.
De qualquer forma, estes efeitos podem variar de pessoa para pessoa, assim como o número de quilos adquiridos. Os anticoncepcionais também são velhos acusados de fazer o ponteiro da balança subir. Vale lembrar, no entanto, que quando a pílula anticoncepcional surgiu, por volta da década de 1960, a quantidade de hormônios sintéticos em sua composição era enorme, assim como seus efeitos colaterais. hoje, a dosagem dos hormônios nos medicamentos é menor, pois eles se parecem mais com aqueles produzidos pelo ovário - o estrogênio e a progesterona.
Segundo a ginecologista Rosa Maria Neme (RJ), o contraceptivo hormonal até pode contribuir para o aumento de peso por aumentar um pouco o apetite e gerar inchaços, mas é uma alteração discreta, em torno de 1,5 kg ou 2 kg, dependendo da composição do anticoncepcional.
"O ideal é que a mulher aumente os exercícios aeróbicos, sobre tudo na época pré-menstrual", orienta a ginecologista. Independentemente de tudo isto, se houver alguma suspeita de que um remédio esteja provocando mudanças no corpo, é preciso conversar com o médico e, se for o caso, ver a possibilidade de uma possível substituição. Interromper o tratamento sem o conhecimento do especialista é uma conduta que deve ser descartada.




11 comentários:

  1. Oi SI!!!

    Como sempre, otimas máterias.
    Passando pra lhe desejar uma semana abençoada.
    Bjus!

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  2. AMIGA SEMPRE COM ASSUNTOS OTIMOS BJKAS♥♥♥

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  3. Oi Simoninha,

    Passando pra deixar beijão pra ti*

    amanhã tem jogo!!!

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  4. Oi Simone...
    Ótima matéria, muito interessante.
    Uma ótima semana...
    Beijos

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  5. oI sIMONEEEJA ESTOU TE SEGUINDO!!

    que transformacaoooooooooooo
    parabenssssssss
    nossa mto peso que vc jogou fora ein?!!sem remedios,vc é uma guerreira!!!adooro conhecer pessoas que emagreceram e mantem o peso tb,pois é uma luta diaria!!!

    e vc tb estuda nutri que legal ta gostando??

    eu demorei mto p ver algo q estava tao na minha cara!!!fiz outras faculdade q nao gostei,mas nutri eu adoro,acho q nasci p isso,pra onde a facu pode me levar entende??
    quero trabalhar como coaching e personal diet...
    Bjuss

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  6. Oi Simone, td bem? Adorei a matéria e seu blog. Parabéns!

    Bjos

    Boa semana!

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  7. Olá tudo bem, achei seu blog muito legal , interessante estou te seguindo.

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  8. Pronto já sei vou intensificar os exercícios aeróbicos para ver se o ponteiro da minha balança diminui...é certo que é um benefício não aumentar e nem sinto pressa em emagrecer mas, não gosto da idéia de ficar estacionada, fica parecendo que não me esforço e a realidade não é essa...não quero me sentir frustrada, estou com TPM AHHHHHHHHH.

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  9. Olá blogueiro!
    O número de pessoas com hipertensão no Brasil aumentou de 21,5%, em 2006, para 24,4%, em 2009. A hipertensão é uma doença silenciosa e ataca todas as faixas etárias. Por isso, junte-se à campanha de combate e controle da hipertensão do Ministério da Saúde. Você pode ajudar na conscientização da população por meio do material de campanha que disponibilizamos para download.
    Caso se interesse, entre em contato com comunicacao@saude.gov.br
    Obrigado!
    Ministério da Saúde

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