sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Por que desistimos tão fácil de fazer dietas


Por que desistimos tão fácil de fazer dietas?
Existem vários fatores que entram em jogo quando falamos de restrição alimentar para perda de peso. Uma delas é a personalidade da pessoa, que envolve sua capacidade de tolerar frustrações e a outra é o corte de nutrientes que vão interferir em seu estado de humor.
Como a alimentação pode interferir no estado emocional de uma pessoa?
Vamos pensar no simples fato da restrição de qualquer elemento básico da vida de um indivíduo. Deixe alguém sem banho por 3 a 4 dias, ou sem beber água pelo mesmo período, ou sem poder ir ao banheiro, ou sem ganhar dinheiro ou mesmo sem afeto. Toda restrição é mal tolerada, porque funcionamos com a economia do ganho e da reserva.
Além disso, indo para o campo da ciência, algumas linhas defendem a idéia de que a serotonina cerebral, aquele neurotransmissor responsável por muitos dos nossos comportamentos, estados do humor, ansiedade, agressividade, e saciedade, é modulada pela dieta, principalmente pela quantidade de macronutrientes: carboidratos, proteínas e aminoácidos isolados. Sendo assim, se faltarem na dieta, como fica o astral da pessoa ao longo do processo?

Dietas radicais, o que elas fazem?
As que cortam proteínas e gorduras eliminam a albumina e o triptofano tão necessário para a formação da serotonina e seu transporte até o cérebro.
As que cortam carboidratos, alteram a liberação de insulina, conforme o IG (índice glicêmico), interferindo na liberação de serotonina cerebral.
Isso tudo ocorre porque os mecanismos estão interligados e competem entre si. Assim, cerca de 3 semanas após as dietas, o nível de triptofano, precursor da serotonina, teve uma queda significativa e a tendência é que a pessoa vá em busca do que lhe falta.
Detalhezinho importante: as mulheres são mais sensíveis ao déficit de serotonina.
Por que as mulheres têm mais dificuldade emocional com seu próprio corpo e com a alimentação?
A maioria das mulheres esqueceu qual sua real origem. Os antigos diziam que as mulheres eram como a lua, enquanto o homem era como o sol. A lua tinha suas 4 fases, entre elas uma totalmente negra; o sol seguia sempre linear nascendo e se pondo num mesmo trajeto diário. Desta forma, as civilizações antigas colocavam em metáforas o funcionamento dos nossos hormônios e anunciavam o humor cíclico feminino. Hormônios e neurotransmissores são substâncias de um mesmo cérebro e sofrem interferência dos nutrientes.

Sabemos que moças com anorexia nervosa, que não tem gordura corporal suficiente, não menstruam, pois os hormônios femininos são solúveis na gordura.

Como querer separar o que está intimamente ligado?

Quando alguém está com anemia, parece que está deprimido!!

Quando alguém está com deficiência de B12 fica altamente irritado.

Como separar emoção de alimentação?

A fluoxetina, um dos primeiros inibidores seletivos de recaptação de serotonina, foi liberada pelo SUS para tratamento de DPM- disforia pré-menstrual. Ela deixa mais serotonina á disposição do cérebro.

Antidepressivos ajudam nas dietas?
Sim, os antidepressivos ajudam nas dietas, principalmente se a pessoa tiver baixo limiar de tolerância á frustração: “se frustra fácil e desiste, pois já não agüenta mais essa vida de fazer regime”; e tiver “idéias constantes sobre comida na cabeça”.
Quando o comportamento alimentar for mais impulsivo, ligado á emoção de raiva e agressividade, o ideal é associar estabilizador do humor.
Neste caso, procure um especialista: um psiquiatra, e SEM PRECONCEITO!!!
É para a sua saúde. Não precisa contar para ninguém.


Simone.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Obrigada por sua amizade!!